segunda-feira, 8 de novembro de 2010

AUMENTE A DISPOSIÇÃO PARA A CORRIDA COM A ALIMENTAÇÃO

A alimentação equilibrada, contendo todos os nutrientes, é fundamental para manter o corpo saudável. Os alimentos se relacionam diretamente com a qualidade de vida dos indivíduos, de forma a atuar, também, na melhora do estresse, humor e na disposição física.

Diversos estudos demonstram cada vez mais os benefícios que alguns nutrientes, presentes naturalmente nos alimentos, têm na melhora do bem estar. Eles atuam no cérebro, estimulando a produção e liberação de neurotransmissores – substâncias que transportam os impulsos nervosos, proporcionando a comunicação dos neurônios com as células.
Os principais neurotransmissores relacionados com o bem estar são: serotonina, noradrenalina e dopamina. Essas substâncias são produzidas a partir de alimentos que apresentam: vitaminas C, B6, B12 e ácido fólico; minerais como zinco, selênio e magnésio; aminoácidos tirosina, triptofano e ômega 3.

Sabemos que a atividade física é capaz de melhorar a disposição. Porém, algumas vezes bate uma preguiça para o exercício. É hora de rever sua alimentação.

                                                      Pirâmide Alimentar
O aminoácido triptofano participa da produção da serotonina e, por ser um constituinte das proteínas, assim como todos os aminoácidos, está presente, principalmente, em carnes magras, peixes, ovos, leite e derivados. A tirosina, outro aminoácido, participa da síntese de noradrenalina e dopamina. É possível encontrar essas substâncias também na lentilha e no grão de bico.

O ômega 3 é uma gordura que não pode ser produzida pelo nosso organismo, de forma que só conseguimos aproveitar seus benefícios ingerindo alimentos como salmão, sardinha, atum, linhaça. Esse nutriente favorece a comunicação entre os impulsos nervosos e a sensação de bem estar.
A vitamina C fornece ao cérebro os antioxidantes, os quais atuam contra os radicais livres. Já que esse órgão necessita de muito oxigênio para funcionar, a vitamina C diminui a formação dessas substâncias resultantes do processo de oxidação que acontece com a entrada de oxigênio no cérebro. Essa vitamina é encontrada em frutas cítricas como laranja, mexerica, limão, kiwi e morango, no tomate e no pimentão vermelho.

Os minerais (zinco, magnésio e selênio) e as vitaminas do complexo B (B6, B12 e ácido fólico) estão envolvidos na transmissão de impulsos nervosos, produção de energia e serotonina. São encontrados em alimentos como: gérmen de trigo, amêndoa, castanha do Pará, peixes, carne vermelha magra e cereais integrais. A Vitamina B12 só é encontrada em produtos de origem animal como fígado, carnes, ovos. Assim, os veganos precisam suplementá-la.
Para garantir os benefícios que esses nutrientes oferecem na modulação do humor e no aumento da disposição, é necessário também manter hábitos de vida saudáveis. Isto porque, quando o corpo não está saudável, essas substâncias não são sintetizadas de forma adequada e de nada adiantará consumir os alimentos que favoreça a sua produção.

Vale lembrar ainda que certos alimentos fazem o serviço contrário: roubam todo o pique. São os que apresentam elevado teor de açúcar, calorias, álcool, além de corantes e aditivos prejudiciais e que não contribuem com proteínas, vitaminas e minerais. Fuja dos sucos em pó, alimentos ricos em glutamato monossódico (leia rótulos), bebidas alcoólicas em excessos, produtos com gordura trans (biscoitos recheados, bolos industrializados).

EXERCÍCIOS FÍSICOS AJUDAM A COMBATER A DEPRESSÃO


A atividade física costuma ser prescrita por médicos para auxiliar no tratamento de enfermidades como doenças do coração, colesterol elevado e até diabetes. Mas, um estudo americano acaba de expandir a lista de benefícios e mostra que os exercícios também são capazes de combater a depressão.

A pesquisa foi coordenada por um grupo de psiquiatras da Universidade da Carolina do Norte, que avaliaram pacientes clinicamente diagnosticados com a doença. Nesse grupo, havia os que praticavam exercícios aeróbios regularmente, os que usavam medicação antidepressiva e os que combinavam remédios e atividades físicas.
Constatou-se que o índice de depressão melhorou em cerca de 90% na turma que apenas praticou exercícios aeróbios. Já aqueles submetidos a medicamentos tiveram uma redução de 55% na incidência da doença, e o terceiro grupo (medicação e exercícios) teve uma melhora de 60%. Os especialistas salientam, então, que praticar atividades físicas até três vezes por semana é a maneira mais eficaz de manter a saúde mental em ordem.

FONTE: http://www.educacaofisica.com.br/noticias_mostrar.asp?id=9679

terça-feira, 2 de novembro de 2010

DEZ PASSOS CERTEIROS PARA VOCÊ CONSEGUIR UM CORPAÇO NO VERÃO

Está dada a largada! A menos de dois meses da estação preferida dos cariocas, muitos já estão na corrida em busca do corpo do verão. As academias registram o aumento nas inscrições e as mulheres começam a apresentar os primeiros sinais de desespero. É nesse momento que acontecem os principais “crimes” à saúde: dietas mirabolantes e excesso de exercício, tudo em prol de não fazer feio no biquini. Alto lá!

— Perder muitos quilos em pouco tempo siginifica entrar num ciclo vicioso, pois, com toda a certeza, quando a dieta acabar, o peso volta — alerta a nutricionista Sônia Almeida, do Vigilantes do Peso, que lista outras nove dicas que prometem ajudar você a chegar lá.
Nem todo mundo nasce com os atributos físicos dignos das rainhas de bateria. Mas com dedicação e perseverança, é possível chegar lá. Especialistas listam dez passos que vão ajudar você a correr atrás e eliminar os quilos e medidas indesejadas.

— A primeira coisa é enteder que é preciso haver uma reeducação alimentar. Outra boa dica é anotar todas as calorias ingeridas durante o dia. Quem anota come menos — garante a nutricionista Sônia Almeida.

Até a bela representante da Acadêmicos de Santa Cruz, Jaqueline Maia, intensifica a malhação dois meses antes do carnaval.

— Eu não ligo para fritura ou doces, gosto mesmo é de comida. Não faço dieta, mas como de três em três horas, sem exagero. Fico uma hora na academia e prefeiro correr ao ar livre — diz Jaqueline.

Além de fazer escolhas inteligentes na dieta, é importante descobrir a sua dose de exercícios.

— Aeróbicos e circuitos de musculação são os mais eficientes para quem corre atrás do tempo perdido — diz a especialista em medicina do exercício Sílvia Lagrotta.

Os dez passos:

1 - Mexa-se! Aproveite os dias quentes para pular mais cedo da cama e caminhar. Outra opção é fazer uma atividade em ambiente com ar-condicionado ou aproveitar as horas do anoitecer para andar de bicicleta ou caminhar. Vale qualquer coisa, menos ficar parado.

2 - Cuidado com os molhos. Os que já vem prontos podem ser calóricos. Complete o prato de salada com lascas de carne magra, croutons light e pedaços de frutas frescas. Em vez de regar a salada, mergulhe o garfo no molho. O consumo diário de legumes coloridos favorece o bronzeado e protege a pele dos raios ultravioletas.

3 - Trace metas realistas. Cada um deve conhecer seu corpo. Quanto tempo você levou para ficar com os braços e cintura fora de forma? Tire suas medidas uma vez por mês, pese-se uma vez por semana e tente vestir aquela calça que você comprou quando estava com menos peso. São boas referências para ativar a vontade de emagrecer para o verão.

4 - Consuma fibras e beba bastante água, que ajuda a queimar energia. A água, associada à ingestão de fibras, componentes indispensáveis à dieta, ajuda no emagrecimento. O Vigilantes do Peso recomenda de seis a oito copos por dia. Eles também fazem um alerta: cerveja ou chope não matam a sede, já que o álcool desidrata o corpo.

5 - Adquira um novo hábito. Recentes pesquisas mostram que o alto consumo de açúcar tende a coibir o gosto pelas frutas. Uma boa dica é trocar uma colher de sopa de açúcar do dia por uma fruta até as papilas gustativas voltarem a sentir o prazer de saborear uma boa fruta fresca.

6 - Não faça dieta radical só para entrar no biquíni. O importante é reeducar seus hábitos. Comece pelas compras: leve para casa somente frutas, legumes e verduras, produtos lácteos desnatados e cereais integrais. Faça três ou quatro refeições leves ao dia. Reduza os excessos de sal, açúcar e bebidas alcoólicas.

7 - Atenção ao cardápio da praia. Opte por levar seu lanche nos dias de sol. Escolha os alimentos pelo valor nutricional e não pelo sabor. Leve frutas frescas ou secas, sanduíche de pão integral com frios light ou palitos de legumes. Uma espiga de milho sem manteiga pode ser uma boa opção para as horas de maior fome.

8 - Faça um diário alimentar. Quem anota tudo o que come e pratica esportes — ou outro tipo de atividade física regular — normalmente é mais determinado na dieta e mantém o novo peso com mais facilidade.

9 - Planeje-se para as ocasiões especiais. É importante se preparar com antecedência para tomar as melhores decisões alimentares quando for viajar, participar de uma festa ou ir a um restaurante, por exemplo.

10- Acerte no sorvete. Resista aos de chocolates e prefira os de fruta light ou os frozen iogurtes.

ESTUDOS CONFIRMAM QUE O SUCO DE CRANBERRY COMBATE INFECÇÃO URINÁRIA

Há mais de 50 anos as vovós americanas e canadenses já sabiam: para combater infecção urinária em mulheres, nada melhor do que suco de cranberry, uma frutinha vermelha, que só existe na América do Norte, parecida com a nossa ameixa. Recentemente, pesquisas científicas concluíram a eficácia da fruta no combate à infecção urinária por repetição.

— Estudos comprovam que o suco de cranberry consegue evitar que a bactéria E.coli, responsável por cerca de 85% dos casos de infecção urinária, consiga subir pela uretra e causar o problema — diz o urologista Daniel Habib, da Sociedade Brasileira de Urologia, que explica que o problema é mais comum em mulheres, pois elas têm a uretra mais curta que a dos homens.

— Não posso dizer que toda mulher tem, já teve ou terá infecção urinária, mas, com certeza, a grande maioria vai sofrer com o problema em algum momento da vida — explica Habib.

Segundo o presidente do Núcleo Brasileiro de Uroginecologia e professor da Faculdade de Medicina do ABC, em São Paulo, Carlos Alberto Bezerra, as infecções urinárias atingem três mulheres para cada homem:

— Os homens têm mais infecções após os 50 anos, devido aos problemas de próstata. Mas, mesmo nessa faixa etária, as mulheres ainda têm mais infecção.

Segundo a vice-presidente do Centro Brasileiro de Nutrição Funcional, Andréia Naves, o cranberry já tem demonstrado ser eficaz também contra outras bactérias:

— Alguns estudos demonstram também que o cranberry pode exercer propriedades antimicrobianas combatendo agentes como o H.pylori (uma bactéria que pode infectar o revestimento mucoso do estômago humano).

A infecção urinária por repetição costuma ser tratada com uma dosagem baixa diária de antibiótico, que deve ser ministrada por seis meses a um ano. Apenas um copo de 200 ml do suco de cranberry ao dia, durante o mesmo período, tem eficácia similar.

FONTE: http://extra.globo.com/saude/bemviver/

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

ALIMENTAÇÃO PÓS-TREINO

          As pessoas ficam tão preocupadas com o que irão comer antes de praticar algum exercício e se esquecem completamente de comer logo após este e/ou até mesmo vão dormir ou trabalhar sem comer nada. É aí que mora o perigo: elas não sabem que irão demorar muito mais para atingir qualquer que seja o objetivo sem uma boa refeição pós-treino.
 
      Para que a recuperação seja rápida, eficiente e o objetivo individual seja alcançado, a refeição pós-treino é uma das mais importantes do dia. A intenção é repor os estoques de glicogênio depletados durante a atividade e fornecer substratos para que as fibras musculares sejam reconstruídas. Muitas pessoas acham que o crescimento muscular ocorre durante o treino, mas na verdade, a maior parte do processo de hipertrofia acontece durante o período de descanso e alimentação (anabolismo).
 
     A situação merece ainda mais atenção no caso de atletas que tem sessões de treinos intensos todos os dias ou até mesmo 2x/dia. Quando isso ocorre, o tempo para recuperação muscular é ainda menor, então todo cuidado é pouco.

     O básico para a refeição logo após o treino é uma mistura de proteínas de rápida digestão com carboidratos de alto índice glicêmico, como por exemplo: Whey protein com dextrose, pão branco com patê de atum e suco, carne magra com batatas ou macarrão, peito de frango com arroz, legumes e suco de frutas, torradas com queijo branco, geléia e água de coco, etc. Quando a refeição é feita logo após o término do exercício, há uma ótima ressíntese de glicogênio, liberação do hormônio anabólico insulina, maior síntese protéica e interrupção da proteólise (quebra de proteínas).
 
     O consumo de antioxidantes também é muito importante após o exercício, pois eles diminuem a ação dos radicais livres (substâncias que danificam células saudáveis, facilitando sua oxidação e morte). Trabalhos musculares intensos geram maiores quantidades de radicais livres no corpo (pois aumentam captação de oxigênio). Então, o atleta e/ou esportista deve enriquecer sua dieta com nutrientes antioxidantes, como: vitamina C, E, zinco e selênio. Fontes: frutas como mamão, laranja, acerola, goiaba, legumes, verduras, castanhas, gérmen de trigo, cereais integrais, suco de frutas, azeite de oliva, peixes, frutos do mar, etc.
 
     Da mesma forma, as refeições que se seguem ao treino no resto do dia devem ser ricas em carboidratos, proteínas magras, gorduras boas, vitaminas e minerais, pois os músculos ainda se encontram em estado de recuperação nas 24hrs seguintes ao treino. Capriche nelas e nos líquidos (muitos acham que estão emagrecendo, mas na verdade só estão desidratados! Não deixe isso acontecer e mascarar os resultados).
 
     Então, resumindo: a refeição pós-treino fará uma grande diferença nos resultados, porém o resto da dieta do dia é de extrema importância de qualquer forma. Se você tem dúvidas de como melhorar sua dieta de acordo com o esporte que pratica, consulte um nutricionista esportivo! Bons treinos

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

Brincadeira é Coisa Séria!
     Nossa sociedade mudou, temos uma inversão de papeis e valores, mais informação do que podemos absorver, a mulher trabalha fora, o avanço tecnológico é grande, a família mudou, a criança mudou, o aluno e a escola também mudaram. As mudanças tecnológicas mudaram as formas de brincadeiras. As crianças deixaram de brincar na rua, jogar bola, pular amarelinha e passaram a jogar videogames e jogos de computador, ignorando o sol que brilha a convidar as brincadeiras na rua. Tanta mudança gera confusão e expectativas, por isso, a escolha por este tema que trata da importância do brincar, ou ainda, como o lúdico interfere no desenvolvimento de uma criança. Este desenvolvimento, para Wallon, se dá através de uma interação entre ambientes físicos e sociais, sendo que os membros desta cultura, como pais, avós, educadores e outros, ajudam a proporcionar à criança participar de diferentes atividades, promovendo diversas ações, levando a criança a um saber construído pela cultura e modificando-se através de suas necessidades biológicas e psicosociais. Por isso, a importância da brincadeira, pois é a criação de uma nova relação entre situações do pensamento e situações reais. Brincar é coisa muito séria. Toda criança deveria poder brincar. A brincadeira contribui para o processo de socialização das crianças, oferecendo-lhes oportunidades de realizar atividades coletivas livremente, além de ter efeitos positivos para o processo de aprendizagem e estimular o desenvolvimento de habilidades básicas e aquisição de novos conhecimentos.

      As brincadeiras aparentemente simples são fontes de estímulo ao desenvolvimento cognitivo, social e afetivo da criança e também é uma forma de auto-expressão. Talvez poucos pais saibam o quanto é importante o brincar para o desenvolvimento físico e psíquico do seu filho. A idéia difundida popularmente limita o ato de brincar a um simples passatempo, sem funções mais importantes que entreter a criança em atividades divertidas.

    A partir de muitos referenciais teóricos, será possível observar uma série de conceitos importantes, visando o bom desenvolvimento da aprendizagem da criança de 0 a 6 anos e o papel de pais e educadores nesta função tão importante que é educar uma criança.
    No presente estudo pretende-se colaborar com a discussão e reflexão sobre a importância do brincar e da brincadeira no desenvolvimento da criança, verificando o papel da família no desempenho escolar das crianças e no processo de inclusão do brincar no quesito educacional, e a influência de seus valores no desempenho e influência escolar do aluno. Além disso, apresentar a influência do brinquedo e as vantagens que a brincadeira traz para o desenvolvimento da criança; localizar as dificuldades encontradas pelos educadores em utilizar a brincadeira como ferramenta pedagógica e se a brincadeira pode propiciar as condições para um desenvolvimento saudável da criança. Além de incentivar a conscientização dos pais e educadores sobre um trabalho conjunto para a introdução do brinquedo na aprendizagem da criança.

    O principal objetivo deste trabalho é compreender o papel da brincadeira no desenvolvimento infantil, bem como a utilizar a brincadeira como ferramenta pedagógica.

    A maioria dos pensadores e educadores que trabalham com este tema ressalta a importância da brincadeira no processo de aprendizagem e socialização. Infelizmente, tenho observado que a brincadeira não faz parte do projeto pedagógico da escola e da ação do professor.
    Este princípio me levou a mergulhar nesta temática para melhor compreende-la e descobrir como a brincadeira pode ajudar o professor em seu fazer pedagógico e a criança em seu processo de aprendizagem.

    Piaget (1976) diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança. Estas não são apenas uma forma de desafogo ou entretenimento para gastar energia das crianças, mas meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual. Ele afirma:

     "O jogo é, portanto, sob as suas duas formas essenciais de exercício sensório-motor e de simbolismo, uma assimilação da real à atividade própria, fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em função das necessidades múltiplas do eu. Por isso, os métodos ativos de educação das crianças exigem todos que se forneça às crianças um material conveniente, a fim de que, jogando, elas cheguem a assimilar as realidades intelectuais que, sem isso, permanecem exteriores à inteligência infantil". (Piaget 1976, p.160).
     Wallon fez inúmeros comentários onde evidenciava o caráter emocional em que os jogos se desenvolvem, e seus aspectos relativos à socialização.

     Referindo-se a faixa etária dos sete anos, Wallon (1979) demonstra seu interesse pelas relações sociais infantis nos momentos de jogo:

     "A criança concebe o grupo em função das tarefas que o grupo pode realizar, dos jogos a que pode entregar-se com seus camaradas de grupo, e também das contestações, dos conflitos que podem surgir nos jogos onde existem duas equipes antagônicas".(Wallon p.210)

     Entre as concepções sobre o brincar, destaca-se as de Fröbel, o primeiro filósofo a justificar seu uso para educar crianças pré-escolares. Fröbel foi considerado por Blow (1991) psicólogo da infância, ao introduzir o brincar para educar e desenvolver a criança. Sua Teoria Metafísica pressupõe que o brinquedo permite o estabelecimento de relações entre os objetos do mundo cultural e a natureza, unificados pelo mundo espiritual. Um tipo especial de jogo está associado ao nome de Maria Montessori. Trata-se dos jogos sensoriais. Baseado nos "jogos Educativos" pensados por Fröbel - jogos que auxiliam a formação do futuro adulto - Montessori, segundo Leif e Brunelle (1978), elaborou os "jogos sensoriais" destinados a estimular cada um dos sentidos. Para atingir esse objetivo, Montessori necessitou pesquisar uma série de recursos e projetou diversos materiais didáticos para possibilitar a aplicação do método. Durante muito tempo confundiu-se "ensinar" com "transmitir" e, nesse contexto, o aluno era um agente passivo da aprendizagem e o professor um transmissor. A idéia de um ensino despertado pelo interesse do aluno acabou transformando o sentido do que se entende por material pedagógico. Seu interesse passou a ser a força que comanda o processo da aprendizagem, suas experiências e descobertas, o motor de seu progresso e o professor um gerador de situações estimuladoras e eficazes.
 

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

COMA CHOCOLATE; SUA SAÚDE AGRADECE

Ele protege o coração; o sistema nervoso e ainda alivia a TPM

A textura, o aroma, o sabor e a capacidade de derreter suavemente na boca arrebata os sentidos, desperta o corpo e provoca sensações emocionais.

O êxtase é absoluto, com uma vantagem incomparável: não se trata de nenhuma substância ilícita apesar, é bem verdade, de existirem os viciados assumidos, que não abrem mão de uma (ou várias) barras diárias de chocolate.

Se no fim de semana essa delícia ganha passe-livre na sua dieta por motivos de força maior, vale ficar atenta aos benefícios dela para justificar a comilança no seu dia a dia. Desde, é claro, que você preze pela moderação, afinal a mistura de leite e cacau mais saborosa do planeta é rica em açúcar e gordura, portanto cheia de calorias.

Vida doce

Tudo a seu redor melhora depois de um bom tabletinho marrom?

Não é auto-sugestão, pode ficar tranqüila. Quimicamente, o chocolate possui importantes componentes estimulantes: a cafeína, que atrapalha a atuação da adenosina no cérebro, substância responsável por diminuir o ritmo de atividade dos neurônios. Ou seja, provoca excitação em vez da calmaria.

E ainda conta com um alcalóide chamado teobromina, que potencializa o efeito da cafeína. "A teobromina, ao contrário da cafeína, não estimula o sistema nervoso central, sendo seus efeitos principalmente diuréticos (alimentos destacam-se por esse tipo de efeito, conheça alguns)" , explica a nutricionista Fabiana Honda, da Consultoria Nutricional Patrícia Bertolucci, de São Paulo.

Para completar o mix de agitação, ele também possui doses de feniletilamina, um composto natural com efeitos semelhantes aos das anfetaminas. Esse ingrediente é apontado como o vilão para a compulsão pelo doce. "Pesquisas supõem que os chocólatras são pessoas com problemas no mecanismo de regulagem de feniletilamina do corpo" , diz Fabiana. Isso porque a substância estimula os centros de prazer da massa cinzenta, daí a vontade de não parar de comer nunca.

A sensação de bem-estar encontra respaldo na ação da endorfina e dopamina. Cientistas afirmam que o chocolate é capaz de aumentar a produção dessa dupla de substâncias que tem relação com o relaxamento. Está aqui mais um motivo para as mulheres serem as principais consumidoras da guloseima, principalmente nos períodos da malfadada TPM. Para aplacar a irritação, o time feminino ataca o doce (veja aqui como aplacar de vez a TPM).

Uma das explicações está na queda do nível de magnésio do sangue nesse período. Dá-lhe apelar para a barrinha mágica de cacau para repor o nutriente, importante no equilíbrio da serotonina, o neurotransmissor que controla o humor. Mas não é preciso comer uma caixa de bombons para se sentir mais feliz. "A Organização Mundial da Saúde recomenda não extrapolar o limite de 30 gramas por dia" , explica Fabiana Honda.

Dieta preventiva

O lado bom dessa tentação não pára por aí. Um pequeno pedaço de chocolate preto por dia melhora o fluxo arterial e beneficia a saúde vascular.

Em um relatório apresentado na reunião anual da Associação de Cardiologia dos Estados Unidos, em Chicago, cientistas afirmaram que o chocolate escuro, em pequenas quantidades, pode reduzir o risco de um ataque cardíaco por diminuir a tendência de coagulação das plaquetas e de obstrução dos vasos sangüíneos.

Esses mesmos efeitos não foram observados em relação ao chocolate branco, composto basicamente por gordura daí os mais conservadores nem cotarem a barrinha albina.

O sistema nervoso também sai no lucro a cada boa mordida. "Os flavonoides, antioxidantes encontrados nas sementes do cacau, têm poder de aumentar o fluxo de sangue no cérebro e fazê-lo funcionar melhor" , explica a nutricionista de São Paulo.

Na dúvida entre o ao leite ou o amargo?

Aposte no último. Pesquisas demonstram que ele pode servir como escudo protetor contra os radicais livres, moléculas responsáveis pela degeneração das células.

A versão ao leite contém mais gordura e menor teor de flavonóides. Além disso, o próprio leite prejudica ação desses antioxidantes. Essa substâncias auxiliam na prevenção de doenças cardiovasculares e na diminuição do LDL, colesterol ruim , diz Fabiana. (entenda a diferença entre o bom e o mau colesterol)

Também vale tomar alguns cuidados para que as propriedades nutritivas do chocolate não se transformem em inimigas. Saber escolher o melhor chocolate é fundamental.

Fuja dos produtos que abusam da gordura hidrogenada para substituir o cacau confira as proporções no rótulo. E prefira consumir o chocolate logo após as refeições (depois do almoço, por exemplo) por se tratar de um alimento de alto índice glicêmico (saiba como esse indicador por ajudar o seu regime).

Quando ingerido, após longos períodos de jejum, ele é prontamente transformado em glicose e absorvido mais rapidamente, despertando a fome pouco tempo depois , diz Fabiana Honda.

Calorias numa porção de 30g (um tablete pequeno)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

CRIANÇAS "SARADAS" SE SAEM MELHOR EM TESTES DE MEMÓRIA

Estudo mostra que atividade física na infância pode melhorar desenvolvimento do cérebro

Pesquisadores descobriram que as crianças mais saradas tendem a ter um hipocampo maior e um melhor desempenho em testes de memória do que as mais gordinhas.

A nova descoberta sugere que intervenções para aumentar atividades físicas na infância podem ter um efeito importante no desenvolvimento do cérebro.

O novo estudo usou ressonância magnética para medir o tamanho relativo de estruturas específicas dos cérebros de 49 crianças.

Segundo Art Kramer, professor de psicologia da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos - que chefiou a pesquisa com a estudante de doutorado Laura Chaddock e com o cinesiologista (estuda os movimentos) Charles Hillman-, essa foi a primeira vez que cientistas usaram a ressonância magnética para estudar as diferenças entre crianças que estão em boa forma física e as que não estão.

A pesquisa foi focada no hipocampo, uma estrutura localizada nos lobos temporais do cérebro humano, que tem um importante papel na memória e no aprendizado.

Estudos anteriores em adultos mais velhos e em animais mostraram que os exercícios físicos podem aumentar o tamanho do hipocampo. Um hipocampo maior está associado a um melhor desempenho no raciocínio espacial e a outras atividades que exijam conhecimento.

Laura explica que, nas pesquisas com animais, os exercícios afetaram o hipocampo, aumentando bastante o crescimento de novos neurônios e o número de moléculas envolvidas na plasticidade do cérebro e melhorando a sobrevivência das células e a memória e o aprendizado.

Em vez de confiar em relatórios sobre o nível de atividade física das crianças, os pesquisadores mediram com que eficiência elas usaram o oxigênio enquanto corriam em uma esteira. Segundo Kramer, as crianças saradas “foram muito mais eficientes do que as fora de forma no uso do oxigênio".

Quando analisaram os dados obtidos pela máquina de ressonância magnética, os pesquisadores descobriram que as crianças que estavam em forma tendiam a ter um hipocampo com maior volume – cerca de 12% maior em relação ao tamanho total do cérebro – do que as que estavam meio gordinhas.

As crianças que estavam em melhor forma também se saíram melhor em testes de memória relacional – a habilidade de lembrar e juntar vários tipos de informação – do que as outras.

domingo, 26 de setembro de 2010

A BOLA DA VEZ

      Cá entre nós, nem todo mundo gosta de academia. Pedalar aqui, andar na esteira ali, levantar peso, ai, que dureza. O convencional acaba ficando chato e acontece o que não poderia: a gente desiste dos halteres e volta a aterrissar o bumbum no sofá. Se você está nesse clima "devagar quase parando" ou simplesmente cansou das aulas de musculação, experimente a fitball ou bola suíça - aquela utilizada no pilates. Ela tem alto poder de definição muscular, melhora a flexibilidade, a postura e, ainda por cima, é super relaxante e divertida.

      O grande diferencial da bola na realização dos exercícios é o desequilíbrio que ela causa. "O aluno precisa de força para fazer as sequencias, trabalhando os músculos mais profundos. Os resultados são: resistência muscular, melhora na força abdominal - garantindo uma postura melhor - e diminuição das dores lombares, aprimoramento da coordenação motora e do equilíbrio", explica a fisioterapeuta Débora Pinto, do Espaço Débora Pinto Fisioterapia e Osteopatia.

       O professor Tiago Lopes, da academia Reebok Sports Club, acrescenta: "Os exercícios na bola são um desafio maior do que os realizados em apoios fixos e o legal é que podem ser feitos por homens e mulheres de qualquer idade, desde que não exista restrição médica, como histórico de lesões". Segundo ele, outro diferencial importante é o fato da bola ser um objeto lúdico. "É divertida, o material é macio, os exercícios acabam se tornando, sem dúvida, mais prazerosos", garante Tiago.

“Outra vantagem é que dá para alongar
e até fazer massagem com a bola”
      A universitária Alícia Barroso conheceu a fitball logo que entrou na academia: "Fiquei bem curiosa, pensei, inclusive, que fosse uma aula mais voltada para alongamento e não ginástica. Me surpreendi". Alícia incorporou ao dia a dia exercícios de abdominal, flexão de braço e para melhorar a postura, além de exercícios pra as coxas e glúteos. "Ela se encaixa perfeitamente nas séries de musculação. Faço agachamento comum com a bola, colocando-a entre a parede e o meu corpo. Fico com a postura certinha. Nos abdominais, sinto que forço bem mais a musculatura da região. Depois de um tempo fazendo o exercício no colchonete, fica fácil, é bom variar o estímulo e a bola permite isso", conta Alícia.

      Outra vantagem é que dá para alongar e até fazer massagem com a bola. "Um aluno deita no colchão e vai sendo massageado pelo outro com a bola, dos pés à cabeça. Quem está fazendo a massagem deita sobre a bola sem colocar muito peso e vai massageando a lombar de quem está deitado. Depois, inverte. É bem relaxante!", garante Alícia.

       A jornalista Schirlei Sousa é fã da bola suíça. Ela fraturou a coluna e utiliza a técnica para fisioterapia. " Com certeza as aulas com a bola foram muito importantes para fortalecer a região lombar. Antes do acidente, eu trabalhava o corpo na musculação. O médico disse que o fato de eu sempre ter feito atividade física está me ajudando na recuperação rápida", diz Shirlei.

       Relaxamento, tonificação, fortalecimento, definição e ganho de massa muscular. Tudo isso pode ser sentido logo no primeiro mês de treino. "É possível perder peso se os exercícios forem direcionados para esse objetivo, combinados com uma boa alimentação e com outras atividades", explica a fisioterapeuta Débora Pinto. Foi assim que a dona de casa Talita Alberti conseguiu emagrecer após a gravidez. "Eu ia para a academia todos os dias. Fazia aulas de jump, step e usava a bola suíça uma ou duas vezes por semana. Mesmo sendo gordinha, consegui me equilibrar muito bem nela, enquanto algumas magrinhas nem conseguiam", diverte-se.

“A bola suíça deve ter cerca de 55cm de diâmetro
 para pessoas com até 1,70 m e 65cm
para quem tiver mais de 1,70m.”
       Talita seguiu uma receita imbatível: "Com a bola, exercitei muito as coxas e os braços. Aí eu chegava em casa e fechava a boca. Acho que a fórmula que me fez perder peso foi exatamente essa: exercício aeróbico (esteira), dieta e bola suíça. A fitball, além de me deixar tonificada, me fez ganhar muita flexibilidade".

Faça em casa!

      Se você quer sentir os benefícios dos exercícios com bola, mas anda sem tempo de ir à academia ou ao estúdio de pilates, que tal começar em casa? O acompanhamento profissional é essencial, uma vez que o professor poderá corrigir posturas e dar outros toques, mas algumas séries são bem simples e podem ser feitas sem dificuldade.
       Barriga - Deite sobre a bola de forma que o arco de suas costas (região lombar) esteja bem apoiado nela. Ponha as mãos cruzadas no peito. Levante o tronco contraindo o abdômen, mas sem forçar o pescoço.
       Coxas e glúteos - Em pé, cabeça reta, afaste as pernas na largura dos quadris e apoie a parte inferior das costas na bola, que deve estar encostada na parede. Flexione os joelhos até formar um ângulo de 90 graus, rolando a bola na parede para baixo e para cima.
       Peitoral - Deite de bruços sobre a bola, com a ponta dos pés apoiada no chão. Dê impulso, fazendo a bola rolar de modo que as suas mãos encostem no chão e as pernas fiquem soltas no ar. Flexione os cotovelos, aproximando o peito do chão e volte.

       Os exercícios com bola podem ser praticados duas vezes por semana, com treinos de 45 minutos. O esquema de séries e repetições deve ser avaliado pelo treinador de acordo com o seu condicionamento físico. "Normalmente, uma série é executada com 15 ou 20 repetições e intervalos de um minuto. Use tênis, cabelos presos e evite roupas largas", aconselha Débora Pinto.

      A bola suíça pode ser encontrada em lojas de jogos esportivos ou de materiais de fisioterapia e deve ter cerca de 55cm de diâmetro para pessoas com até 1,70 m e 65cm para quem tiver mais de 1,70m.


SAIBA MAIS:

Você já deve ter visto algumas pessoas se equilibrando em cima de uma bola gigante e fazendo exercícios variados nela. Esta bola é conhecida por fit ball, ou bola suíça, criada nos anos 70 na Suíça e durante anos foi usada por fisioterapeutas em programas preventivos e corretivos posturais e também de reabilitação de lesões.
 
BENEFÍCIOS:
- Aumenta a força e o controle muscular;
- Melhora o equilíbrio e a coordenação;
- Ajuda a desenvolver a consciência corporal;
- Aumenta a flexibilidade;
- Alonga, tonifica e define musculatura;
- Melhora a postura corporal;
- Proporciona a integração corpo / mente;
- Melhora a capacidade respiratória;
- Proporciona harmonia aos movimentos;
- Previne lesões;
- Alivia o stress e dores musculares;
- Melhora a auto-estima.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

A IMPORTÂNCIA DA RECREAÇÃO PARA CRIANÇAS DE 6 A 8 ANOS

Brincadeiras de educação infantil podem diverte, distrai e estimula os nossos pequeninos. Com uma desta brincadeira de criança serão vividos certamente divertidos momentos entre a família.
      Hoje a recreação é tida para muitos, como uma atividade simplesmente com o objetivo de matar o tempo. Algo que proporcione alguns momentos alegrias. Qual seria a verdadeira finalidade que a recreação tem para crianças de 6 a 8 anos? Este artigo de revisão literária abordará a importância dos jogos, brincadeiras e da recreação na formação do indivíduo.

O que é recreação?


      A palavra recreação vem do latim recreare e significa "criar novamente"no sentido positivo, ascendente e dinâmico (Ferreira 2003).

     Silva 1959 informa que a definição de recreação pode ser achada no termo inglês "PLAY" significado que o homem encontra uma verdadeira satisfação e alegria no que esta fazendo. Representa uma atividade que é livre e espontânea na qual o interesse se mantém por si só, sem nenhuma compulsão interna ou externa de forma obrigatória ou opressora.

     Para Mian 2003 recreação significa satisfação e alegria naquilo que faz.Retrata uma atividade que é livre e espontânea e na qual o interesse se mantém por si só, sem nenhuma coação interna ou externa de forma obrigatória ou opressora, afora e prazer.

      SCHMIT apud FRIETZEN define a recreação como sendo o relaxamento do organismo e da mente. É diversão, renovação, recuperação. È a atividade livremente escolhida exercida nas horas de lazer ativa ou passiva, individualmente ou em grupo, organizada ou espontânea.

      A recreação tem o objetivo de criar condições ótimas para o desenvolvimento integral das pessoas, promovendo a sua participação individual e coletivas em ações que melhorem a qualidade de vida a preservação da natureza e afirmação dos valores essências da humanidade.

     Segundo Gouvêa 1963 recrear é educar, pois a recreação permite criar e satisfazer o espírito estético do ser humano ricas possibilidades culturais, permite escapar do desagradável, utilizando excesso de energia ou diminuindo tensão emocional; é experiência, complementa atividade compensadora, descarrega impulsos agressivos, fuga de pressão social que provoca frustração, monotonia ou ansiedade.

      Já Kishimoto (1997) define recreação como atividade física ou mental a que o indivíduo é naturalmente impelido para satisfazer as necessidades físicas, psíquicas, ou sociais, de cujas realizações lhe advém prazer, e que é aprovada pela sociedade.

     O entretenimento em si mesmo não é, sempre recreação. Muitas diversões, muitos passatempos catalogados ou tidos como recreadores, não passam de atividades destruídas, nocivas a formação do caráter, responsáveis por grande número de problemas morais e sociais. A verdadeira recreação contém todos elementos citados - entretenimento, diversões, passatempos e distração- mas em um nível construtivo. Atividades feitas apenas com o sentido de "matar o tempo" não podem ser classificadas como recreação relata Silva 1959.

     Infelizmente, nossas crianças na maioria das escolas recebemregras prontas, não significações. Elas devem aceitá-las para poder transformar num bom adulto. E o mesmo acontece com os professores. (Mian 2003)

      Nem todo passatempo é recreação, nem toda diversão é uma atividade recreativa cita Ferreira 2003.

                                                            JOGOS E BRINCADEIRAS

     Os jogos surgiram na Grécia como forma de diversão passando mais tarde a serem aperfeiçoados e estudados por grandes mestres a fim de tomá-lo parte do desenvolvimento educacional da criança. Depois da segunda guerra mundial e com a criação da ACM. Associação Cristã de Moços em vários países, o jogo como um fator educacional, começou a ocupar espaço (Ferreira 2003).

      Segundo Zacharias e Cavallari (2008) se uma atividade recreativa permite alcançar vitória, ou seja, pode haver um vencedor, estamos tratando de um jogo.O jogo busca um vencedor,

      Ferreira (2003) jogo é uma atividade física, e/ ou mental que favorece a sociabilização obedecendo a um sistema de regras, visando um determinado objetivo, sendo uma atividade que tem começo, meio e fim, regras a seguir e um provável vencedor. O jogo educativo é um elemento de observação e conhecimento metodológico da psicologia da criança, suas tendências, qualidades, aptidões, lacunas e defeitos.

      Jogo é uma das experiências mais ricas e polivalentes e, uma necessidade básica para a idade infantil. A revalorização do tempo livre, nos últimos tempos e a continuidade do ensino de expressão dinâmicas vão despertando uma renovada atenção em direção ao aspecto lúdico, a psicomotricidade e suas grandes possibilidades (SILVA, 1999).

      Cavallari e Zacharias 2005 diz que todo jogo apresenta uma evolução regular, ele tem começo meio e fim. Conseqüentemente existem maneiras formais de se proceder.

     A maneira como se joga pode tornar o jogo mais importante o que imaginamos, pois significa nada menos que a maneira como, estamos no mundo.Os jogos de que as crianças participam tornam-se seus jogos de vida.Participando destes jogos tocamos uns aos outros pelo coração. Desfazemos a ilusão de sermos separados e isolados. E percebemos o quanto é bom e importante será gente mesmo e respeitar a singularidade do outro (BROTO, 2003).
  
     O professor tem seu papel nos jogos, ele representa e projeta a maneira de jogar, ele é quem comunicar -se através de voz audível e gestos harmoniosos, afim de promover uma atmosfera agradável sua experiência é fundamental, pois através de seus exemplos conquista a confiança e cria uma relação de atividade criativa e amigável (SILVA, 1959).

BRINCADEIRAS

     Desde a civilização o brincar é uma atividade das crianças naquela época a brincadeira não era considerado um elemento cultural, do riso, do folclore e do carnaval (VELASCO, 1996).

     Cavallari e Zacharias define como a principal diferença entre jogo e brincadeira é o vencedor, na brincadeira não há como ter um vencedor. Ela simplesmente acontece e segue-se se desenvolvendo enquanto houver motivação e interesse por ela.

     Para a criança brincar é a coisa mais séria do mundo, é tão necessária ao seu desenvolvimento quanto o alimento e o descanso. É o meio que a criança tem de travar conhecimento com o mundo e adaptar-se ao que rodeia (FRITZEN, 1995).

     É por meio de brincar que a criança torna-se intermediária entre a realidade interna e externa, participando, entendendo e percebendo-se como membro integrante do seu meio social. É brincando também, que a criança deixa de ser passiva para tornar-se responsável pela a ação realizada, decidindo os rumos das situações socioculturais por ela criadas é vivenciada sentimentos diversos, que contribui para a formação da sua personalidade (MIAN, 2002).

     MARCELLINO (1990) informa que através do prazer, o brincar possibilita a criança a vivência de sua faixa etária e ainda contribui de modo significativo para sua formação como ser humano, participando da cultura da sociedade que vive, e não apenas como mero indivíduo requeridos pelos padrões de produtividade social. Sendo assim a vivência do lúdico é imprecendível em termos de participação cultural e crítica e, principalmente criativa. Marcellino descreve também o quanto é fundamental assegurar a criança o tempo e o espaço para que o lúdico seja vivenciado com intensidade capaz de formar a base sólida da criatividade e da participação cultural e, sobretudo para o exercício do prazer de viver. São os conteúdos e a forma (produtos e processo) da cultura da criança, que representam o antídoto a aceitação do "jogo" pré-estabelecido, da sociedade e mesmo a camuflagem das colocações individuais, justificando sua impotência frente a estrutura do mundo que receberam e são obrigadas a produzir.

     A criança que brinca vive a sua infância torna se um adulto muito mais equilibrado física e emocionalmente suportara muito melhor as pressões das responsabilidades adultas e terá maior criatividade para solucionar os problemas que lhe surgem, sendo assim, a brincadeira é uma atividade não apenas natural, mas, sobretudo sócio-cultural já que muitas crianças a cada dia tem menos tempo para brincar, pois os pais se matriculam no maior número possível de atividades e como conseqüência elas são vítimas de estresse bem mais cedo. O brinquedo por sua vez tem seu papel importante nas brincadeiras sendo para criança uma passaporte para o reino mágico de brincadeira (KISHIMOTO, 1997).

     Infelizmente, nossas crianças na maioria das escolas recebemregras prontas, não significações. Elas devem aceitá-las para poder transformar num bom adulto. E o mesmo acontece com os professores (MIAN, 2003).

     Observa-se cada vez mais que o contato das crianças com jogos brinquedos e brincadeiras tradicionais vem perdendo espaço, possivelmente como conseqüência dos processos de urbanização e de produção consumo de equipamentos de alta tecnologia (videogames, computadores, televisores e brinquedos de controle remoto). (Schwartz, 1958).

     Segundo NETO apud VELASCO é um fato inquestionável que as oportunidades de jogo e atividade física tem vindo a degradar- se de forma considerável nas ultimas décadas aumentando substancialmente o sedentarismo na infância.A infância é uma época importante para a prática de várias atividades físicas e o desenvolvimento de habilidades motoras diversas a fim de promover atitudes saudáveis.melhorias na proficiênciamotora, maiores possibilidades de aderência a um estilo de vida ativo e melhor auto-estima e confiança.

     Uma possível dinâmica de aula, em algumas ocasiões é iniciar conversando com os alunos, perguntando-lhes do que gostariam de brincar. Trata-se de uma forma de estimular a participação da criança e fazê-la sentir toda importância que tem favorecendo ainda, a rica troca de experiência entre elas e seu respectivos universos de jogos. Outra possibilidade é resgatar jogos, brinquedos e brincadeiras tradicionais, que os pais ou responsáveis e familiares dos alunos desenvolviam quando crianças pedindo ao aluno conversem com eles, perguntando-lhes a respeito de que e como brincavam na infância trazendo referências por escrito ou desenhada representação de uma pequena exposição (organizada pelos próprios alunos, professores, pais ou responsáveis familiares e comunidade, na escola, artística...) da memória da cultura de jogos, brinquedos e brincadeiras infantis (Schwartz,1958).

     A alegria tem um efeito estimulante sobre o sistema nervoso e, sendo este o sistema que controla toda a atividade química que se processa no íntimo dos tecidos, é indiscutível os profundos efeitos das emoções de prazer sobre o organismo em geral e a estreita correlação entre saúde e bem estar. O treino nas diferentes atividades que se entrega a criança que se dispõe de espaço e estímulos naturais, promove crescimento muscular, presteza em agir de acordo com a vontade, reserva de energia nervosa e maior resistência ao esforço físico. Cada momento de atividade recreativa envolve um estado emocional: de simples prazer ou alegria promovido pela satisfação de agir, de medo diante ao insucesso, da identificação real com um personagem mais fraco, ou ainda do perigo que possa enfrentar, de raiva na luta contra obstáculos ou na personificação de elementos destruidores (Gouvêa apud KISHIMOTO, 1997).

CARACTERÍSTICAS DAS CRIANÇAS DE 6 A 8 ANOS.



     A criança de 6 a 7 anos para Ferreira 2003 pode serdefinida como estando no estágio pré- operatório sendo a de 6 a 7onde aparece à linguagem oral. Pensamentos egocêntricos, rígidos, centrado em si mesma e com características de animismo (ciosas e animais). Não possui noção de conservação, quantidade, volume, massa, peso e não consegue retornar ao ponto de partida mentalmente (condição básica para a realização de operações).

     No período pré - operatório a assimilação, (isto é, a interpretação de novas formações baseada em interpretações presentes) é uma tarefa suprema para a criança.Nesta fase, a ênfase no porquê e no "como" torna-se uma ferramenta básica para que a adaptação ocorra (GALLAHU e OZMUN, 2005).

     Brincar serve como um importante meio de assimilação e ocupa maior parte das horas que a criança passa acordada. As brincadeiras imaginárias e as paralelas são importantes ferramentas para o aprendizado. Brincar também serve para demonstrar as regras e os valores dos familiares mais velhos do indivíduo. A ampliação do interesse social por seu mundo é característica da fase do pensamento pré – operatório da criança. Como resultado o egocentrismo é reduzido e a participação social aumenta. A criança começa a exibir interesse nos relacionamentos entre as pessoas. A compreensão dos papéis sociais de "mamãe", "irmã" e "irmão" e seu relacionamento uns com os outros é importante para a criança nesta fase. A criança pequena demonstra crescente pensamento simbólico pela ligação do seu mundo com palavras e imagens. A assimilação é avançada usando a atividade física para realizar os processos cognitivo, cita Gallahue e Ozmun (2005).

     Na fase operatória-concreta de 7 a 11 anos para Ferreira (2003) a criança começa a ter um pensamento mais lógico, menos egocêntrico, ações mentais mais reversíveis, móveis e flexíveis. Apesar de o pensamento basear-se mais no raciocínio, ainda precisa de materiais e exemplos concretos. Não pode ordenar, seriar e classificar.

     Nesta fase, as percepções são mais precisas, e a criança aplica a interpretação dessas percepções ambientais sabiamente. Ela examina as partes para obter conhecimento do todo e estabelece meios de classificação para organizar as partes em um sistema hierárquico. A criança brinca para compreender seu mundo físico.Regras e regulamento são de interesse da criança quando aplicadas a brincadeira. A criança raciocina logicamente sobre eventos concretos e consegue classificar objetos de seu mundo em vários ambientes, existindo a reversibilidade com experimentação intelectual através da brincadeira ativa. (Gallahue e Ozmun 2005).

JOGOS E BRINCADEIRAS




  • Pega-Pega
Jogadores dispersos pelo terreno, havendo um perseguidor. Os jogadores fugirão ao perseguidor, que tentar apanhar um. Aquele que for apanhado passará a ser o perseguidor (Rabelo e Pimentel, 1991).

Objetivo: Trabalhar a habilidade de correr, desviar, rapidez de reação,


  • Morto x Vivo
Objetivo específico: agilidade na reação, atenção, obediência, a ordens, flexibilidade.

As pessoas em círculo, de costas, com o professor no centro. As ordens dadas podem ser: "morto", "vivo", ou "sentar", "levantar" etc... (Ferreira, 2003).

  • História do meu nome
Todos sentados formando um grande círculo, o objetivo é que cada participante conte a história do seu nome. Por que colocaram o seu nome? Como gostaria de se chamar? De que nome você mais gosta? Vamos criar um nome para o nosso grupo? Que tal utilizarmos as inicias de todos os nomes do grupo?

Objetivo: integrar-se ao meio social, enfatizar a necessidade de escutar o que o outro tem a dizer, desinibir e descontrair o grupo (Soler 2003).


  • Chamada da roda
Os jogadores em círculo, numerados, um no centro, com uma bola leve. O do centro, com a bola na mão, chama um número e lança a bola para o alto. O jogador chamado deve apanhá-la, vinda do alto ou picada no chão, pela primeira vez. Se o conseguir, ganhará um ponto e irá para o centro repetir a ação do companheiro anterior. A vitória é do que, no final do jogo obtiver mais pontos (Ferreira 2003).

  • Gato doente
As crianças dispersas pelo campo, dado o sinal pelo professor, uma delas, previamente indicada para iniciar o jogo, persiguirá as companheiras tentando tocá-las. A que for, por exemplo tocada no ombro, aí colocará a mão esquerda e, aliando-se a primeira, procurará também alcançar as outras crianças. Todas as que forem apanhadas "gatos doentes"-deverão correr com a mão no ponto partido, perseguindo as que acharem ainda livres.

Objetivo: trabalhar a habilidade de correr em grupo, atacar e defender (Rabelo e Pimentel 1991).

  • Pega-Pega
Jogadores dispersos pelo terreno, havendo um perseguidor. Os jogadores fugirão ao perseguidor, que tentar apanhar um. Aquele que for apanhado passará a ser o perseguidor (Rabelo e Pimentel 1991).

Objetivo: Trabalhar a habilidade de correr, desviar, rapidez de reação,

 Fonte: A Importância da Recreação Para Crianças de 6 a 8 Anos publicado 5/01/2009 por HUMBERTO MORAIS GRACIANO em http://www.webartigos.com

     É de extrema importância a recreação na vida da criança, tanto no seu desenvolvimento motor, afetivo e social. E são os jogos e brincadeiras que tornam um facilitador para que tudo aconteça de forma natural e melhor ainda de forma "PRAZEROSA". È necessário ter um objetivo a ser trabalhado, para que assim elas se desenvolvam e mostrem seu potencial, não simplesmente "brincar" e sim educar, com essas ferramentas tão úteis e significativas que trazem sorrisos e mudam a vida das crianças. O brincar de forma construtiva abre a portas para a educação, e depende de nós deixá-la aberta.