quarta-feira, 29 de setembro de 2010

COMA CHOCOLATE; SUA SAÚDE AGRADECE

Ele protege o coração; o sistema nervoso e ainda alivia a TPM

A textura, o aroma, o sabor e a capacidade de derreter suavemente na boca arrebata os sentidos, desperta o corpo e provoca sensações emocionais.

O êxtase é absoluto, com uma vantagem incomparável: não se trata de nenhuma substância ilícita apesar, é bem verdade, de existirem os viciados assumidos, que não abrem mão de uma (ou várias) barras diárias de chocolate.

Se no fim de semana essa delícia ganha passe-livre na sua dieta por motivos de força maior, vale ficar atenta aos benefícios dela para justificar a comilança no seu dia a dia. Desde, é claro, que você preze pela moderação, afinal a mistura de leite e cacau mais saborosa do planeta é rica em açúcar e gordura, portanto cheia de calorias.

Vida doce

Tudo a seu redor melhora depois de um bom tabletinho marrom?

Não é auto-sugestão, pode ficar tranqüila. Quimicamente, o chocolate possui importantes componentes estimulantes: a cafeína, que atrapalha a atuação da adenosina no cérebro, substância responsável por diminuir o ritmo de atividade dos neurônios. Ou seja, provoca excitação em vez da calmaria.

E ainda conta com um alcalóide chamado teobromina, que potencializa o efeito da cafeína. "A teobromina, ao contrário da cafeína, não estimula o sistema nervoso central, sendo seus efeitos principalmente diuréticos (alimentos destacam-se por esse tipo de efeito, conheça alguns)" , explica a nutricionista Fabiana Honda, da Consultoria Nutricional Patrícia Bertolucci, de São Paulo.

Para completar o mix de agitação, ele também possui doses de feniletilamina, um composto natural com efeitos semelhantes aos das anfetaminas. Esse ingrediente é apontado como o vilão para a compulsão pelo doce. "Pesquisas supõem que os chocólatras são pessoas com problemas no mecanismo de regulagem de feniletilamina do corpo" , diz Fabiana. Isso porque a substância estimula os centros de prazer da massa cinzenta, daí a vontade de não parar de comer nunca.

A sensação de bem-estar encontra respaldo na ação da endorfina e dopamina. Cientistas afirmam que o chocolate é capaz de aumentar a produção dessa dupla de substâncias que tem relação com o relaxamento. Está aqui mais um motivo para as mulheres serem as principais consumidoras da guloseima, principalmente nos períodos da malfadada TPM. Para aplacar a irritação, o time feminino ataca o doce (veja aqui como aplacar de vez a TPM).

Uma das explicações está na queda do nível de magnésio do sangue nesse período. Dá-lhe apelar para a barrinha mágica de cacau para repor o nutriente, importante no equilíbrio da serotonina, o neurotransmissor que controla o humor. Mas não é preciso comer uma caixa de bombons para se sentir mais feliz. "A Organização Mundial da Saúde recomenda não extrapolar o limite de 30 gramas por dia" , explica Fabiana Honda.

Dieta preventiva

O lado bom dessa tentação não pára por aí. Um pequeno pedaço de chocolate preto por dia melhora o fluxo arterial e beneficia a saúde vascular.

Em um relatório apresentado na reunião anual da Associação de Cardiologia dos Estados Unidos, em Chicago, cientistas afirmaram que o chocolate escuro, em pequenas quantidades, pode reduzir o risco de um ataque cardíaco por diminuir a tendência de coagulação das plaquetas e de obstrução dos vasos sangüíneos.

Esses mesmos efeitos não foram observados em relação ao chocolate branco, composto basicamente por gordura daí os mais conservadores nem cotarem a barrinha albina.

O sistema nervoso também sai no lucro a cada boa mordida. "Os flavonoides, antioxidantes encontrados nas sementes do cacau, têm poder de aumentar o fluxo de sangue no cérebro e fazê-lo funcionar melhor" , explica a nutricionista de São Paulo.

Na dúvida entre o ao leite ou o amargo?

Aposte no último. Pesquisas demonstram que ele pode servir como escudo protetor contra os radicais livres, moléculas responsáveis pela degeneração das células.

A versão ao leite contém mais gordura e menor teor de flavonóides. Além disso, o próprio leite prejudica ação desses antioxidantes. Essa substâncias auxiliam na prevenção de doenças cardiovasculares e na diminuição do LDL, colesterol ruim , diz Fabiana. (entenda a diferença entre o bom e o mau colesterol)

Também vale tomar alguns cuidados para que as propriedades nutritivas do chocolate não se transformem em inimigas. Saber escolher o melhor chocolate é fundamental.

Fuja dos produtos que abusam da gordura hidrogenada para substituir o cacau confira as proporções no rótulo. E prefira consumir o chocolate logo após as refeições (depois do almoço, por exemplo) por se tratar de um alimento de alto índice glicêmico (saiba como esse indicador por ajudar o seu regime).

Quando ingerido, após longos períodos de jejum, ele é prontamente transformado em glicose e absorvido mais rapidamente, despertando a fome pouco tempo depois , diz Fabiana Honda.

Calorias numa porção de 30g (um tablete pequeno)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

CRIANÇAS "SARADAS" SE SAEM MELHOR EM TESTES DE MEMÓRIA

Estudo mostra que atividade física na infância pode melhorar desenvolvimento do cérebro

Pesquisadores descobriram que as crianças mais saradas tendem a ter um hipocampo maior e um melhor desempenho em testes de memória do que as mais gordinhas.

A nova descoberta sugere que intervenções para aumentar atividades físicas na infância podem ter um efeito importante no desenvolvimento do cérebro.

O novo estudo usou ressonância magnética para medir o tamanho relativo de estruturas específicas dos cérebros de 49 crianças.

Segundo Art Kramer, professor de psicologia da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos - que chefiou a pesquisa com a estudante de doutorado Laura Chaddock e com o cinesiologista (estuda os movimentos) Charles Hillman-, essa foi a primeira vez que cientistas usaram a ressonância magnética para estudar as diferenças entre crianças que estão em boa forma física e as que não estão.

A pesquisa foi focada no hipocampo, uma estrutura localizada nos lobos temporais do cérebro humano, que tem um importante papel na memória e no aprendizado.

Estudos anteriores em adultos mais velhos e em animais mostraram que os exercícios físicos podem aumentar o tamanho do hipocampo. Um hipocampo maior está associado a um melhor desempenho no raciocínio espacial e a outras atividades que exijam conhecimento.

Laura explica que, nas pesquisas com animais, os exercícios afetaram o hipocampo, aumentando bastante o crescimento de novos neurônios e o número de moléculas envolvidas na plasticidade do cérebro e melhorando a sobrevivência das células e a memória e o aprendizado.

Em vez de confiar em relatórios sobre o nível de atividade física das crianças, os pesquisadores mediram com que eficiência elas usaram o oxigênio enquanto corriam em uma esteira. Segundo Kramer, as crianças saradas “foram muito mais eficientes do que as fora de forma no uso do oxigênio".

Quando analisaram os dados obtidos pela máquina de ressonância magnética, os pesquisadores descobriram que as crianças que estavam em forma tendiam a ter um hipocampo com maior volume – cerca de 12% maior em relação ao tamanho total do cérebro – do que as que estavam meio gordinhas.

As crianças que estavam em melhor forma também se saíram melhor em testes de memória relacional – a habilidade de lembrar e juntar vários tipos de informação – do que as outras.

domingo, 26 de setembro de 2010

A BOLA DA VEZ

      Cá entre nós, nem todo mundo gosta de academia. Pedalar aqui, andar na esteira ali, levantar peso, ai, que dureza. O convencional acaba ficando chato e acontece o que não poderia: a gente desiste dos halteres e volta a aterrissar o bumbum no sofá. Se você está nesse clima "devagar quase parando" ou simplesmente cansou das aulas de musculação, experimente a fitball ou bola suíça - aquela utilizada no pilates. Ela tem alto poder de definição muscular, melhora a flexibilidade, a postura e, ainda por cima, é super relaxante e divertida.

      O grande diferencial da bola na realização dos exercícios é o desequilíbrio que ela causa. "O aluno precisa de força para fazer as sequencias, trabalhando os músculos mais profundos. Os resultados são: resistência muscular, melhora na força abdominal - garantindo uma postura melhor - e diminuição das dores lombares, aprimoramento da coordenação motora e do equilíbrio", explica a fisioterapeuta Débora Pinto, do Espaço Débora Pinto Fisioterapia e Osteopatia.

       O professor Tiago Lopes, da academia Reebok Sports Club, acrescenta: "Os exercícios na bola são um desafio maior do que os realizados em apoios fixos e o legal é que podem ser feitos por homens e mulheres de qualquer idade, desde que não exista restrição médica, como histórico de lesões". Segundo ele, outro diferencial importante é o fato da bola ser um objeto lúdico. "É divertida, o material é macio, os exercícios acabam se tornando, sem dúvida, mais prazerosos", garante Tiago.

“Outra vantagem é que dá para alongar
e até fazer massagem com a bola”
      A universitária Alícia Barroso conheceu a fitball logo que entrou na academia: "Fiquei bem curiosa, pensei, inclusive, que fosse uma aula mais voltada para alongamento e não ginástica. Me surpreendi". Alícia incorporou ao dia a dia exercícios de abdominal, flexão de braço e para melhorar a postura, além de exercícios pra as coxas e glúteos. "Ela se encaixa perfeitamente nas séries de musculação. Faço agachamento comum com a bola, colocando-a entre a parede e o meu corpo. Fico com a postura certinha. Nos abdominais, sinto que forço bem mais a musculatura da região. Depois de um tempo fazendo o exercício no colchonete, fica fácil, é bom variar o estímulo e a bola permite isso", conta Alícia.

      Outra vantagem é que dá para alongar e até fazer massagem com a bola. "Um aluno deita no colchão e vai sendo massageado pelo outro com a bola, dos pés à cabeça. Quem está fazendo a massagem deita sobre a bola sem colocar muito peso e vai massageando a lombar de quem está deitado. Depois, inverte. É bem relaxante!", garante Alícia.

       A jornalista Schirlei Sousa é fã da bola suíça. Ela fraturou a coluna e utiliza a técnica para fisioterapia. " Com certeza as aulas com a bola foram muito importantes para fortalecer a região lombar. Antes do acidente, eu trabalhava o corpo na musculação. O médico disse que o fato de eu sempre ter feito atividade física está me ajudando na recuperação rápida", diz Shirlei.

       Relaxamento, tonificação, fortalecimento, definição e ganho de massa muscular. Tudo isso pode ser sentido logo no primeiro mês de treino. "É possível perder peso se os exercícios forem direcionados para esse objetivo, combinados com uma boa alimentação e com outras atividades", explica a fisioterapeuta Débora Pinto. Foi assim que a dona de casa Talita Alberti conseguiu emagrecer após a gravidez. "Eu ia para a academia todos os dias. Fazia aulas de jump, step e usava a bola suíça uma ou duas vezes por semana. Mesmo sendo gordinha, consegui me equilibrar muito bem nela, enquanto algumas magrinhas nem conseguiam", diverte-se.

“A bola suíça deve ter cerca de 55cm de diâmetro
 para pessoas com até 1,70 m e 65cm
para quem tiver mais de 1,70m.”
       Talita seguiu uma receita imbatível: "Com a bola, exercitei muito as coxas e os braços. Aí eu chegava em casa e fechava a boca. Acho que a fórmula que me fez perder peso foi exatamente essa: exercício aeróbico (esteira), dieta e bola suíça. A fitball, além de me deixar tonificada, me fez ganhar muita flexibilidade".

Faça em casa!

      Se você quer sentir os benefícios dos exercícios com bola, mas anda sem tempo de ir à academia ou ao estúdio de pilates, que tal começar em casa? O acompanhamento profissional é essencial, uma vez que o professor poderá corrigir posturas e dar outros toques, mas algumas séries são bem simples e podem ser feitas sem dificuldade.
       Barriga - Deite sobre a bola de forma que o arco de suas costas (região lombar) esteja bem apoiado nela. Ponha as mãos cruzadas no peito. Levante o tronco contraindo o abdômen, mas sem forçar o pescoço.
       Coxas e glúteos - Em pé, cabeça reta, afaste as pernas na largura dos quadris e apoie a parte inferior das costas na bola, que deve estar encostada na parede. Flexione os joelhos até formar um ângulo de 90 graus, rolando a bola na parede para baixo e para cima.
       Peitoral - Deite de bruços sobre a bola, com a ponta dos pés apoiada no chão. Dê impulso, fazendo a bola rolar de modo que as suas mãos encostem no chão e as pernas fiquem soltas no ar. Flexione os cotovelos, aproximando o peito do chão e volte.

       Os exercícios com bola podem ser praticados duas vezes por semana, com treinos de 45 minutos. O esquema de séries e repetições deve ser avaliado pelo treinador de acordo com o seu condicionamento físico. "Normalmente, uma série é executada com 15 ou 20 repetições e intervalos de um minuto. Use tênis, cabelos presos e evite roupas largas", aconselha Débora Pinto.

      A bola suíça pode ser encontrada em lojas de jogos esportivos ou de materiais de fisioterapia e deve ter cerca de 55cm de diâmetro para pessoas com até 1,70 m e 65cm para quem tiver mais de 1,70m.


SAIBA MAIS:

Você já deve ter visto algumas pessoas se equilibrando em cima de uma bola gigante e fazendo exercícios variados nela. Esta bola é conhecida por fit ball, ou bola suíça, criada nos anos 70 na Suíça e durante anos foi usada por fisioterapeutas em programas preventivos e corretivos posturais e também de reabilitação de lesões.
 
BENEFÍCIOS:
- Aumenta a força e o controle muscular;
- Melhora o equilíbrio e a coordenação;
- Ajuda a desenvolver a consciência corporal;
- Aumenta a flexibilidade;
- Alonga, tonifica e define musculatura;
- Melhora a postura corporal;
- Proporciona a integração corpo / mente;
- Melhora a capacidade respiratória;
- Proporciona harmonia aos movimentos;
- Previne lesões;
- Alivia o stress e dores musculares;
- Melhora a auto-estima.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

A IMPORTÂNCIA DA RECREAÇÃO PARA CRIANÇAS DE 6 A 8 ANOS

Brincadeiras de educação infantil podem diverte, distrai e estimula os nossos pequeninos. Com uma desta brincadeira de criança serão vividos certamente divertidos momentos entre a família.
      Hoje a recreação é tida para muitos, como uma atividade simplesmente com o objetivo de matar o tempo. Algo que proporcione alguns momentos alegrias. Qual seria a verdadeira finalidade que a recreação tem para crianças de 6 a 8 anos? Este artigo de revisão literária abordará a importância dos jogos, brincadeiras e da recreação na formação do indivíduo.

O que é recreação?


      A palavra recreação vem do latim recreare e significa "criar novamente"no sentido positivo, ascendente e dinâmico (Ferreira 2003).

     Silva 1959 informa que a definição de recreação pode ser achada no termo inglês "PLAY" significado que o homem encontra uma verdadeira satisfação e alegria no que esta fazendo. Representa uma atividade que é livre e espontânea na qual o interesse se mantém por si só, sem nenhuma compulsão interna ou externa de forma obrigatória ou opressora.

     Para Mian 2003 recreação significa satisfação e alegria naquilo que faz.Retrata uma atividade que é livre e espontânea e na qual o interesse se mantém por si só, sem nenhuma coação interna ou externa de forma obrigatória ou opressora, afora e prazer.

      SCHMIT apud FRIETZEN define a recreação como sendo o relaxamento do organismo e da mente. É diversão, renovação, recuperação. È a atividade livremente escolhida exercida nas horas de lazer ativa ou passiva, individualmente ou em grupo, organizada ou espontânea.

      A recreação tem o objetivo de criar condições ótimas para o desenvolvimento integral das pessoas, promovendo a sua participação individual e coletivas em ações que melhorem a qualidade de vida a preservação da natureza e afirmação dos valores essências da humanidade.

     Segundo Gouvêa 1963 recrear é educar, pois a recreação permite criar e satisfazer o espírito estético do ser humano ricas possibilidades culturais, permite escapar do desagradável, utilizando excesso de energia ou diminuindo tensão emocional; é experiência, complementa atividade compensadora, descarrega impulsos agressivos, fuga de pressão social que provoca frustração, monotonia ou ansiedade.

      Já Kishimoto (1997) define recreação como atividade física ou mental a que o indivíduo é naturalmente impelido para satisfazer as necessidades físicas, psíquicas, ou sociais, de cujas realizações lhe advém prazer, e que é aprovada pela sociedade.

     O entretenimento em si mesmo não é, sempre recreação. Muitas diversões, muitos passatempos catalogados ou tidos como recreadores, não passam de atividades destruídas, nocivas a formação do caráter, responsáveis por grande número de problemas morais e sociais. A verdadeira recreação contém todos elementos citados - entretenimento, diversões, passatempos e distração- mas em um nível construtivo. Atividades feitas apenas com o sentido de "matar o tempo" não podem ser classificadas como recreação relata Silva 1959.

     Infelizmente, nossas crianças na maioria das escolas recebemregras prontas, não significações. Elas devem aceitá-las para poder transformar num bom adulto. E o mesmo acontece com os professores. (Mian 2003)

      Nem todo passatempo é recreação, nem toda diversão é uma atividade recreativa cita Ferreira 2003.

                                                            JOGOS E BRINCADEIRAS

     Os jogos surgiram na Grécia como forma de diversão passando mais tarde a serem aperfeiçoados e estudados por grandes mestres a fim de tomá-lo parte do desenvolvimento educacional da criança. Depois da segunda guerra mundial e com a criação da ACM. Associação Cristã de Moços em vários países, o jogo como um fator educacional, começou a ocupar espaço (Ferreira 2003).

      Segundo Zacharias e Cavallari (2008) se uma atividade recreativa permite alcançar vitória, ou seja, pode haver um vencedor, estamos tratando de um jogo.O jogo busca um vencedor,

      Ferreira (2003) jogo é uma atividade física, e/ ou mental que favorece a sociabilização obedecendo a um sistema de regras, visando um determinado objetivo, sendo uma atividade que tem começo, meio e fim, regras a seguir e um provável vencedor. O jogo educativo é um elemento de observação e conhecimento metodológico da psicologia da criança, suas tendências, qualidades, aptidões, lacunas e defeitos.

      Jogo é uma das experiências mais ricas e polivalentes e, uma necessidade básica para a idade infantil. A revalorização do tempo livre, nos últimos tempos e a continuidade do ensino de expressão dinâmicas vão despertando uma renovada atenção em direção ao aspecto lúdico, a psicomotricidade e suas grandes possibilidades (SILVA, 1999).

      Cavallari e Zacharias 2005 diz que todo jogo apresenta uma evolução regular, ele tem começo meio e fim. Conseqüentemente existem maneiras formais de se proceder.

     A maneira como se joga pode tornar o jogo mais importante o que imaginamos, pois significa nada menos que a maneira como, estamos no mundo.Os jogos de que as crianças participam tornam-se seus jogos de vida.Participando destes jogos tocamos uns aos outros pelo coração. Desfazemos a ilusão de sermos separados e isolados. E percebemos o quanto é bom e importante será gente mesmo e respeitar a singularidade do outro (BROTO, 2003).
  
     O professor tem seu papel nos jogos, ele representa e projeta a maneira de jogar, ele é quem comunicar -se através de voz audível e gestos harmoniosos, afim de promover uma atmosfera agradável sua experiência é fundamental, pois através de seus exemplos conquista a confiança e cria uma relação de atividade criativa e amigável (SILVA, 1959).

BRINCADEIRAS

     Desde a civilização o brincar é uma atividade das crianças naquela época a brincadeira não era considerado um elemento cultural, do riso, do folclore e do carnaval (VELASCO, 1996).

     Cavallari e Zacharias define como a principal diferença entre jogo e brincadeira é o vencedor, na brincadeira não há como ter um vencedor. Ela simplesmente acontece e segue-se se desenvolvendo enquanto houver motivação e interesse por ela.

     Para a criança brincar é a coisa mais séria do mundo, é tão necessária ao seu desenvolvimento quanto o alimento e o descanso. É o meio que a criança tem de travar conhecimento com o mundo e adaptar-se ao que rodeia (FRITZEN, 1995).

     É por meio de brincar que a criança torna-se intermediária entre a realidade interna e externa, participando, entendendo e percebendo-se como membro integrante do seu meio social. É brincando também, que a criança deixa de ser passiva para tornar-se responsável pela a ação realizada, decidindo os rumos das situações socioculturais por ela criadas é vivenciada sentimentos diversos, que contribui para a formação da sua personalidade (MIAN, 2002).

     MARCELLINO (1990) informa que através do prazer, o brincar possibilita a criança a vivência de sua faixa etária e ainda contribui de modo significativo para sua formação como ser humano, participando da cultura da sociedade que vive, e não apenas como mero indivíduo requeridos pelos padrões de produtividade social. Sendo assim a vivência do lúdico é imprecendível em termos de participação cultural e crítica e, principalmente criativa. Marcellino descreve também o quanto é fundamental assegurar a criança o tempo e o espaço para que o lúdico seja vivenciado com intensidade capaz de formar a base sólida da criatividade e da participação cultural e, sobretudo para o exercício do prazer de viver. São os conteúdos e a forma (produtos e processo) da cultura da criança, que representam o antídoto a aceitação do "jogo" pré-estabelecido, da sociedade e mesmo a camuflagem das colocações individuais, justificando sua impotência frente a estrutura do mundo que receberam e são obrigadas a produzir.

     A criança que brinca vive a sua infância torna se um adulto muito mais equilibrado física e emocionalmente suportara muito melhor as pressões das responsabilidades adultas e terá maior criatividade para solucionar os problemas que lhe surgem, sendo assim, a brincadeira é uma atividade não apenas natural, mas, sobretudo sócio-cultural já que muitas crianças a cada dia tem menos tempo para brincar, pois os pais se matriculam no maior número possível de atividades e como conseqüência elas são vítimas de estresse bem mais cedo. O brinquedo por sua vez tem seu papel importante nas brincadeiras sendo para criança uma passaporte para o reino mágico de brincadeira (KISHIMOTO, 1997).

     Infelizmente, nossas crianças na maioria das escolas recebemregras prontas, não significações. Elas devem aceitá-las para poder transformar num bom adulto. E o mesmo acontece com os professores (MIAN, 2003).

     Observa-se cada vez mais que o contato das crianças com jogos brinquedos e brincadeiras tradicionais vem perdendo espaço, possivelmente como conseqüência dos processos de urbanização e de produção consumo de equipamentos de alta tecnologia (videogames, computadores, televisores e brinquedos de controle remoto). (Schwartz, 1958).

     Segundo NETO apud VELASCO é um fato inquestionável que as oportunidades de jogo e atividade física tem vindo a degradar- se de forma considerável nas ultimas décadas aumentando substancialmente o sedentarismo na infância.A infância é uma época importante para a prática de várias atividades físicas e o desenvolvimento de habilidades motoras diversas a fim de promover atitudes saudáveis.melhorias na proficiênciamotora, maiores possibilidades de aderência a um estilo de vida ativo e melhor auto-estima e confiança.

     Uma possível dinâmica de aula, em algumas ocasiões é iniciar conversando com os alunos, perguntando-lhes do que gostariam de brincar. Trata-se de uma forma de estimular a participação da criança e fazê-la sentir toda importância que tem favorecendo ainda, a rica troca de experiência entre elas e seu respectivos universos de jogos. Outra possibilidade é resgatar jogos, brinquedos e brincadeiras tradicionais, que os pais ou responsáveis e familiares dos alunos desenvolviam quando crianças pedindo ao aluno conversem com eles, perguntando-lhes a respeito de que e como brincavam na infância trazendo referências por escrito ou desenhada representação de uma pequena exposição (organizada pelos próprios alunos, professores, pais ou responsáveis familiares e comunidade, na escola, artística...) da memória da cultura de jogos, brinquedos e brincadeiras infantis (Schwartz,1958).

     A alegria tem um efeito estimulante sobre o sistema nervoso e, sendo este o sistema que controla toda a atividade química que se processa no íntimo dos tecidos, é indiscutível os profundos efeitos das emoções de prazer sobre o organismo em geral e a estreita correlação entre saúde e bem estar. O treino nas diferentes atividades que se entrega a criança que se dispõe de espaço e estímulos naturais, promove crescimento muscular, presteza em agir de acordo com a vontade, reserva de energia nervosa e maior resistência ao esforço físico. Cada momento de atividade recreativa envolve um estado emocional: de simples prazer ou alegria promovido pela satisfação de agir, de medo diante ao insucesso, da identificação real com um personagem mais fraco, ou ainda do perigo que possa enfrentar, de raiva na luta contra obstáculos ou na personificação de elementos destruidores (Gouvêa apud KISHIMOTO, 1997).

CARACTERÍSTICAS DAS CRIANÇAS DE 6 A 8 ANOS.



     A criança de 6 a 7 anos para Ferreira 2003 pode serdefinida como estando no estágio pré- operatório sendo a de 6 a 7onde aparece à linguagem oral. Pensamentos egocêntricos, rígidos, centrado em si mesma e com características de animismo (ciosas e animais). Não possui noção de conservação, quantidade, volume, massa, peso e não consegue retornar ao ponto de partida mentalmente (condição básica para a realização de operações).

     No período pré - operatório a assimilação, (isto é, a interpretação de novas formações baseada em interpretações presentes) é uma tarefa suprema para a criança.Nesta fase, a ênfase no porquê e no "como" torna-se uma ferramenta básica para que a adaptação ocorra (GALLAHU e OZMUN, 2005).

     Brincar serve como um importante meio de assimilação e ocupa maior parte das horas que a criança passa acordada. As brincadeiras imaginárias e as paralelas são importantes ferramentas para o aprendizado. Brincar também serve para demonstrar as regras e os valores dos familiares mais velhos do indivíduo. A ampliação do interesse social por seu mundo é característica da fase do pensamento pré – operatório da criança. Como resultado o egocentrismo é reduzido e a participação social aumenta. A criança começa a exibir interesse nos relacionamentos entre as pessoas. A compreensão dos papéis sociais de "mamãe", "irmã" e "irmão" e seu relacionamento uns com os outros é importante para a criança nesta fase. A criança pequena demonstra crescente pensamento simbólico pela ligação do seu mundo com palavras e imagens. A assimilação é avançada usando a atividade física para realizar os processos cognitivo, cita Gallahue e Ozmun (2005).

     Na fase operatória-concreta de 7 a 11 anos para Ferreira (2003) a criança começa a ter um pensamento mais lógico, menos egocêntrico, ações mentais mais reversíveis, móveis e flexíveis. Apesar de o pensamento basear-se mais no raciocínio, ainda precisa de materiais e exemplos concretos. Não pode ordenar, seriar e classificar.

     Nesta fase, as percepções são mais precisas, e a criança aplica a interpretação dessas percepções ambientais sabiamente. Ela examina as partes para obter conhecimento do todo e estabelece meios de classificação para organizar as partes em um sistema hierárquico. A criança brinca para compreender seu mundo físico.Regras e regulamento são de interesse da criança quando aplicadas a brincadeira. A criança raciocina logicamente sobre eventos concretos e consegue classificar objetos de seu mundo em vários ambientes, existindo a reversibilidade com experimentação intelectual através da brincadeira ativa. (Gallahue e Ozmun 2005).

JOGOS E BRINCADEIRAS




  • Pega-Pega
Jogadores dispersos pelo terreno, havendo um perseguidor. Os jogadores fugirão ao perseguidor, que tentar apanhar um. Aquele que for apanhado passará a ser o perseguidor (Rabelo e Pimentel, 1991).

Objetivo: Trabalhar a habilidade de correr, desviar, rapidez de reação,


  • Morto x Vivo
Objetivo específico: agilidade na reação, atenção, obediência, a ordens, flexibilidade.

As pessoas em círculo, de costas, com o professor no centro. As ordens dadas podem ser: "morto", "vivo", ou "sentar", "levantar" etc... (Ferreira, 2003).

  • História do meu nome
Todos sentados formando um grande círculo, o objetivo é que cada participante conte a história do seu nome. Por que colocaram o seu nome? Como gostaria de se chamar? De que nome você mais gosta? Vamos criar um nome para o nosso grupo? Que tal utilizarmos as inicias de todos os nomes do grupo?

Objetivo: integrar-se ao meio social, enfatizar a necessidade de escutar o que o outro tem a dizer, desinibir e descontrair o grupo (Soler 2003).


  • Chamada da roda
Os jogadores em círculo, numerados, um no centro, com uma bola leve. O do centro, com a bola na mão, chama um número e lança a bola para o alto. O jogador chamado deve apanhá-la, vinda do alto ou picada no chão, pela primeira vez. Se o conseguir, ganhará um ponto e irá para o centro repetir a ação do companheiro anterior. A vitória é do que, no final do jogo obtiver mais pontos (Ferreira 2003).

  • Gato doente
As crianças dispersas pelo campo, dado o sinal pelo professor, uma delas, previamente indicada para iniciar o jogo, persiguirá as companheiras tentando tocá-las. A que for, por exemplo tocada no ombro, aí colocará a mão esquerda e, aliando-se a primeira, procurará também alcançar as outras crianças. Todas as que forem apanhadas "gatos doentes"-deverão correr com a mão no ponto partido, perseguindo as que acharem ainda livres.

Objetivo: trabalhar a habilidade de correr em grupo, atacar e defender (Rabelo e Pimentel 1991).

  • Pega-Pega
Jogadores dispersos pelo terreno, havendo um perseguidor. Os jogadores fugirão ao perseguidor, que tentar apanhar um. Aquele que for apanhado passará a ser o perseguidor (Rabelo e Pimentel 1991).

Objetivo: Trabalhar a habilidade de correr, desviar, rapidez de reação,

 Fonte: A Importância da Recreação Para Crianças de 6 a 8 Anos publicado 5/01/2009 por HUMBERTO MORAIS GRACIANO em http://www.webartigos.com

     É de extrema importância a recreação na vida da criança, tanto no seu desenvolvimento motor, afetivo e social. E são os jogos e brincadeiras que tornam um facilitador para que tudo aconteça de forma natural e melhor ainda de forma "PRAZEROSA". È necessário ter um objetivo a ser trabalhado, para que assim elas se desenvolvam e mostrem seu potencial, não simplesmente "brincar" e sim educar, com essas ferramentas tão úteis e significativas que trazem sorrisos e mudam a vida das crianças. O brincar de forma construtiva abre a portas para a educação, e depende de nós deixá-la aberta.

domingo, 19 de setembro de 2010

PRÁTICA DE ESPORTES NA INFÂNCIA


Saiba qual a idade mínima para seu filho começar a praticar esportes e os principais cuidados que devem ser tomados.

A prática da atividade física é, sem dúvida, primordial para a qualidade de vida e, nesse sentido, o esporte é uma dos exercícios que mais trazem benefícios ao organismo.

Porém, na infância, a prática de esporte deve ser monitorada, pois diversas partes do organismo estão se formando ou desenvolvendo.

Na infância todas as decisões são tomadas pelos pais, e por isso deve-se tomar cuidado com as modalidades esportivas que são escolhidas para a criança.

"É preciso estar muito atento para que não se cobre da criança um nível de desempenho não compatível com a sua idade. O esqueleto em crescimento pode ser muito lesado se receber uma carga de treinamento muito grande. Da mesma forma, a criança pode se desmotivar se perceber que não corresponde às expectativas dos adultos em relação ao seu desempenho, podendo assim desistir da atividade, sem ter a oportunidade de atingir seu potencial", esclarece a ortopedista do Hospital do Coração - HCor, Patrícia Moreno Grangeiro.

Infância

A prática de esportes na infância é considerada sadia a partir dos primeiros passos da criança, porém essa atividade deve ser recreativa, sem exigir esforço físico.

"A criança pode praticar esporte a partir do momento que começa a andar, mas não um esporte competitivo. A criança só tem maturidade esquelética e motora para praticar esporte de time a partir dos sete anos de idade. Antes disso são indicados somente movimentos recreativos, como atividades de correr, pular e atividades lúdicas que sugiram o ato esportivo", aconselha o ortopedista do HCor, Dr. Sérgio Xavier.

Um dos esportes mais indicados é a natação que diminui os riscos de quedas e machucados, além de dar maior autoconfiança. Trabalhando com outras crianças o fator sociabilidade também será desenvolvido.

Além disso, a atividade auxilia na melhoria de problemas respiratórios além de trazer benefícios no desenvolvimento psicomotor e na participação e construção do esquema corporal.

Fase escolar

Na fase escolar, em que a criança tem mais contato com as atividades esportivas, recomenda-se que um médico faça uma avaliação para a liberação do exercício.

"As principais lesões são causadas por problemas não detectados antes da prática esportiva, como é o caso das dificuldades respiratórias. Do ponto de vista estrutural, temos que ficar atentos às mal-formações congênitas e aos desvios de coluna, que são comuns", destaca Dr. Sérgio.

Pré-adolescência

Já na pré-adolescência surge a preocupação com a aparência e muitos jovens buscam em academias de ginástica a prática dos exercícios físicos para moldar o corpo e realçar a musculatura.

Além disso, existem as dietas que já fazem parte da rotina de alguns jovens. "A busca dos exercícios físicos como uma forma de adquirir a aparência desejada ocorre com frequência. Mas deve-se estar atento para que a sobrecarga de exercícios, o desequilíbrio alimentar ou o uso de drogas não se associe a esse objetivo", alerta Dra. Patrícia.

De acordo com o Dr. Sérgio, a criança ou jovem deve fazer apenas exercícios aeróbicos como pedalar e correr.

Na academia não é indicado a realização de séries pesadas de exercícios, respeitando sempre o limite de cada indivíduo para que a atividade não prejudique ao invés de auxiliar no desenvolvimento.

"Treinos pesados, com o objetivo de definir a musculatura, não são recomendados, pois o excesso de peso inibe o hormônio de crescimento e desacelera o desenvolvimento da criança. Por exemplo: os levantadores de peso olímpicos são, na maioria, de baixa estatura", ressalta Dr. Sérgio.

VIDEOGAMES PODEM MELHORAR CAPACIDADE DE DECISÃO RÁPIDA

        Estudo realizado por cientistas da Universidade de Rochester, Estados Unidos, aponta que videogames podem ajudar na melhora da capacidade de tomar decisões de forma rápida. Jogos de ação são os que mais colaboram na capacitação, aponta o estudo, segundo informações do site LiveScience.

     Pesquisas anteriores apontavam que quem joga videogames de ação tem reação mais rápida do que quem não joga. A nova pesquisa comparou as duas classificações de pessoas em situações nas quais decisões rápidas deviam ser tomadas. Os voluntários deveriam ver pontos em uma tela e dizer para qual direção estavam se movendo e o número de pontos indo para cada lado.

    Os 11 participantes que jogam costumeiramente videogame foram mais rápidos na percepção do que os 12 voluntários que não jogam videogame sempre. Os cientistas disseram ao LiveScience quem as decisões dos 11 mais velozes foram feitas sem grande dificuldade.
     Outro teste foi realizado em um auditório, no qual cada participante recebeu um fone de ouvido e deveria responder rapidamente de qual lado do fone vinha o som escutado. Novamente a melhor participação foi dos jogadores de videogame.

     Além destes testes, pessoas que não jogam sempre tiveram que jogar 50 horas de videogame em uma semana. Encerrado o tempo, foi constatado que a habilidade de se tomar decisões rápidas foi aumentada.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A IMPORTÂNCIA MILENAR DO BRINCAR

Atividades lúdicas fazem parte da vida do ser humano desde o início dos tempos. Acreditava-se, na antiguidade, que o desenvolvimento integral do ser humano pressupunha o brincar. Aristóteles classificou o homem em três aspectos: homo sapiens (o que conhece e aprende), homo faber (o que faz e produz) e o homo ludens (o que brinca e cria).

Em nenhum momento, um desses aspectos sobrepujou o outro em significância são indissolúveis e atuam em cadeia. Na literatura, a palavra lúdico é de origem latina e significa brincar. Nesse ato, fazem parte jogos, brinquedos, divertimentos, que vêm oportunizar a aprendizagem, ampliar o conhecimento e o saber, propiciando ao sujeito uma maior percepção do mundo.

Para Vygotsky (1988), as experiências lúdicas são meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual cognitivo e psíquico das crianças. Nessa perspectiva, preservar e valorizar o brincar é uma forma de fazer História e Cultura.

Assim, jogos, brinquedos e brincadeiras são atividades fundamentais da infância. Favorecem a imaginação, reforçam a confiança, estimulam a curiosidade, promovem a socialização, desenvolvem a linguagem, constroem o pensamento lógico, aguçam a percepção, a concentração e a criatividade na elaboração de novos conceitos do jogo e do jogar.

Estando a criança feliz, descontraída, motivada, realizando tarefas que lhe caem bem, integrada, bem-aceita, será mais fácil garantir seu desenvolvimento. A Associação Brasileira pelo Direito de Brincar (IPA), inclusive, defende essa atividade como um meio, um direito e um dever.

Como meio, vem proporcionar inúmeras possibilidades é fonte de afeto, de solidariedade e de alegria. Como direito, institui-se no artigo 31 da Convenção dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), que diz: "Toda criança tem direito ao descanso e ao lazer, a participar de atividades de jogos e recreação apropriadas à sua faixa etária, usufruindo livremente da vida e das artes". (ONU, 1995). Como dever, direcionado aos adultos, que respondem pela qualidade de vida das crianças, o instrumental do brincar abre toda uma diversidade de oportunidades lúdicas.

O lazer bem conduzido e o jogo também alimentam a fantasia, pois no mundo do "faz-de-conta", a criança detém autoridade indiscutível, criando histórias e minimizando seus conflitos. É importante respeitar o momento lúdico para que a criança possa atuar seu simbólico. Criatividade, brincadeira e imaginação fazem parte de um crescimento saudável.

Faça com que seu filho fique à vontade. Permita a experimentação, deixando que ele manipule os materiais como quiser. Indague sobre o enredo das histórias que ele inventa, interagindo com a ambientação do imaginário e do fantástico.

Acolher o processo de invenção na infância significa acolher a criança de forma integral ela sentirá que não está sozinha. De acordo com Lindquist (1993), o brinquedo está para a criança como o trabalho está para o adulto. Encantada com o que faz, concentra-se nesse momento, abrem-se as possibilidades de desenvolver suas habilidades por meio de uma atividade que lhe dê entretenimento e a enriqueça.

As imposições advindas do estilo de vida consoante às exigências do mundo contemporâneo pressionam os pais, não lhes permitindo a devida participação na convivência lúdica dos seus filhos. Assoberbados de obrigações extra-casa, muitas vezes não têm chance de atender a vocação natural de pais parceiros e amigos.
 

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

ESPORTE, LAZER E BRINCADEIRA

Seja natação, vôlei, caratê ou basquete,
a atividade física deve ser escolhida
pela criança e deve ser prazerosa

      Criança tem energia de sobra. Precisa correr, pular, jogar bola, nadar. De brincadeira ou com hora marcada e professor. Já diz a velha máxima, atividade física faz bem para o corpo e para a mente. "É fundamental para o desenvolvimento físico e para a socialização da criança. O esporte dá sensação de liberdade e ensina a respeitar o outro", diz o pediatra Elivaldo Almeida.

      Criança sedentária é até contrasenso, mas nos tempos modernos de inglês, informática, reforço, apartamento e videogame, não é tão difícil encontrá-las ociosas, cheias de energia acumulada. Para tentar vencer o marasmo colégio-casa e acabar com a moleza do computador, muitos pais estão colocando os filhos em aulas de vôlei, caratê e balé - só para citar alguns exemplos -, cada vez mais cedo.

      "Desde que seja um exercício moderado, não há problema. Tem que ser lazer e não competição. É preciso respeitar a capacidade óssea e muscular da criança", alerta Elivaldo. Entre tantas modalidades, como escolher a melhor? Regra básica: cuidado para não transferir seu desejo para a criança e esquecer de levar em conta a personalidade e os gostos dela sob o risco de afastá-la de vez dos esportes.
Motivação
      "Até o que o pediatra recomenda é relativo. O ideal é que satisfaça fisicamente e psicologicamente a criança. Se ela não estiver motivada, não faz bem feito", avisa o educador físico Thelmo Maia Gomes. O pai deve sugerir e apresentar o máximo de esportes que puder ao filho. Vale uma pesquisa. "Existe esporte pra todo mundo, pra todo biotipo físico, é interessante que o pai conheça as atividades para poder encaixar o filho. Não fique restrito ao que vê na TV", aconselha a educadora física Carla Ribeiro.

      Depois de escolher, chega a hora de experimentar. Acompanhe as primeiras aulas, converse com o professor e incentive. Se a criança não se identificar com o esporte, não insista além da conta. Ela pode acabar desistindo de tentar outra modalidade. Cieda Leal assistia a primeira aula de vôlei da filha Georgia, 10, na semana passada. "Ela fez natação e parou. Tentou o balé, mas não gostou do ambiente rígido. Agora pediu pra vir pro vôlei. Uma amiga do prédio faz e ela se animou. Deixo ela experimentar até encontrar o que quer".

      O educador físico é peça-chave no envolvimento dos alunos. É ele quem cativa, ou não, a turma. Com crianças pequenas é preciso sensibilidade e criatividade. Elas se distraem com facilidade. "Você tem dois sistemas fundamentais: o cardiovascular e o muscular e esquelético, o ideal é unir tudo isso numa coisa gostosa. Como se faz isso é o bom profissional que diz", defende Thelmo.
 




FONTE: http://www.educacaofisica.com.br/noticias_mostrar.asp?id=3089

domingo, 12 de setembro de 2010

LAZER PODE COMBATER O SEDENTARISMO

         Segundo dados do Ministério da Saúde, o número de brasileiros que praticam exercícios regularmente aumentou de 15.5% para 16.4% nos últimos quatro anos. Apesar disso, a entidade revela que 26.3% dos brasileiros são sedentários.

     Para ajudar na compreensão da pesquisa, o professor de educação física e especialista em fisiologia do exercício Carlos Amorim aponta os fatores determinantes do sedentarismo. “Para classificar uma pessoa como sedentária é preciso examinar a quantidade de atividade física realizada em quatro segmentos distintos: o trabalho, as formas de deslocamento, o lazer e as atividades domésticas”, explica o especialista que percebe as atividades recreativas como um caminho viável para uma vida mais saudável.
      “Em particular, tem-se dado bastante relevância ao estudo da participação em atividades físicas durante o lazer”, diz o professor em referência a um recente estudo realizado em Salvador que revelou uma prevalência de 72.5% de sedentários no lazer. Para Carlos Amorim, diversos fatores contribuem para esse resultado: falta de infra-estrutura pública apropriada para a realização de atividade física; hábito de dedicar o tempo livre exclusivamente a atividades passivas; e crescimento do uso do automóvel são alguns exemplos.

    “O sedentarismo representa um problema de saúde pública no mundo atual, uma vez que está associado à prevalência de doenças crônico-degenerativas”, observa.

     Entre as possibilidades encontradas no lazer para a redução dos índices de sedentarismo, o especialista destaca atividades desportivas como a corrida. Outra opção indicada é a intensificação dos movimentos durante a realização de atividades diárias.
     “Hábitos simples como caminhar mais durante o dia, lavar o carro, passear com o cachorro e subir escadas evitando o elevador representam benefícios para a saúde, se realizados continuamente”, alerta Amorim.

     Na avaliação dele, é de fundamental importância que a prática regular de exercícios seja estimulada desde a infância para que o hábito de exercitar-se seja cultivado e mantido por toda a vida. “A escola possui um papel importante no incentivo a estas práticas, bem como o poder público, através da implantação de programas de atividades físicas para a população em ambientes públicos como praças e parques”, conclui.

FONTE:http://www.educacaofisica.com.br/noticias_mostrar.asp?id=7184

terça-feira, 7 de setembro de 2010

NA INFÂNCIA, CORRER E PULAR BRINCANDO É MAIS IMPORTANTE QUE COMPETIR

A partir dos seis aos dez anos,
é possível a aprendizagem de novas habilidades motoras
     Crianças e adolescentes podem e devem praticar exercícios e atividades físicas, porém, há de se prestar atenção a alguns aspectos importantes. Na idade pré-escolar, que compreende dos três aos sete anos, a criança pode participar de atividades que envolvam saltos, corridas e caminhadas. De acordo com Jafferson dos Santos, tecnólogo em Medicina Esportiva da Prolab - Centro Diagnóstico Cardiológico, esportes como futebol, vôlei e capoeira fazem com que as crianças desenvolvam a lateralidade e o equilíbrio. A partir dos seis aos dez anos, é possível a aprendizagem de novas habilidades motoras. Santos acrescenta que durante a infância devem ser priorizadas as atividades que tenham elementos lúdicos, para que os exercícios físicos se tornem prazerosos.
     Estudos apontam diversos benefícios da prática de exercícios físicos na adolescência. Recomendam-se atividades como caminhadas, corridas e ciclismo sejam praticadas pelo menos três vezes na semana. Além disso, ajudar nas tarefas domésticas e praticar jogos ou brincadeiras mostra-se importante. "Adolescentes que praticam exercícios dormem melhor, em função do aquecimento corporal provocado pela atividade física. Além disso, os que se exercitam têm mais auto-estima, maior cuidado com a aparência física e possuem uma qualidade de vida melhor", explica o profissional.
     É importante atentar para os cuidados que os pais e professores dever ter na atividade física das crianças: os riscos estão mais ligados a lesões musculares, que, como a estrutura óssea, ainda não está bem formada. "Correr e praticar atividades esportivas nesta fase deve estar relacionado à brincadeira, e não devem visar performance", completa Santos.

FONTE:http://www.educacaofisica.com.br/noticias_mostrar.asp?id=9264